Todos os dias o mesmo
balde de água fria depois da esperança: está a passar está de volta, está a
passar está de volta, está a passar está de volta… Como se o medo tenha de
fazer parte do dia-a-dia e esteja prestes a tudo influenciar: da vida de cada
um à vida em família, da vida social à relação entre as nações, dando por vezes
ideia de que há um campeonato da que tem mais infectados, mais recuperados, mais mortos.
E por detrás deste medo que tanto se badala, o outro de que só raros falam e
em sussurros: o da fome e das misérias para que não há vacina e é prenúncio das
grandes tragédias, as guerras em que os mortos não se contam aos milhares mas
aos milhões.