É de Maio de 2010, repete-se para os que irão embora assim que a cadeia abrir.
Nasceste
entre montes, males e misérias, temeroso da escuridão. Aos poucos, sem
saber como nem sequer porquê, foste afastando as sombras, descobriste a
beleza e a grandeza que elas escondiam.
Quiseste mais, procuraste sem encontrar. Ignorante de que não se voa sem asas, confiaste que ventos de boa fortuna soprariam na direcção do sonho, um longe de beleza, justiça e paz.
Rota de fraguedos, remoinhos, despenhadeiros, erros de bússola, resistindo a ciclones contrários, sofrendo maleitas e malefícios. Jornada para um horizonte de miragem. Foste, eles ficaram. Tem cautela. Não deixes que te prendam.