São
aqueles emails que nunca se mandam, aquelas cartas que se adiam, as palavras
que não se dizem. E assim vamos matando as recordações, esquecendo os momentos,
fingindo nos outros as nossas culpas, deles o nosso desleixo, sempre a tropeçar no podia ter sido ou
talvez noutra ocasião aconteça. Desse modo dobamos as horas, entrançamos os dias,
iludimo-nos de que ainda há esperança, mesmo quando certos e sabidos de que não
há volta a dar.
- É a vida - dizem os que nunca viveram.