quarta-feira, setembro 10

Saltimbancos

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Quando toco ou canto é de ouvido, é também de ouvido que vou opinar, pois não se me meteria na cabeça gastar tempo a assistir ao debate de líderes políticos, sobretudo meus  compatriotas, pela mesma razão que não paro na rua para assistir a uma demonstração de 'vermelhinha'.
Os dados são falsos, o jogo é mau, de certeza se falou de progresso, de um belo  futuro, menos impostos e mais farturas, igualdade e fraternidade, etc. Se não foi assim não há-de ter sido muito diferente. Mas como já disse, isto é a minha música, a que toco de ouvido, ideias opiniões que há muito tenho na cabeça  nada garante que sejam das boas.
Mas se não vi o debate de ambos os senhores, regalei-me com as opiniões dos seus adeptos, apaniguados, simpatizantes e camaradas.
Para os defensores do senhor Costa, o senhor Seguro é burro, um canalha sem vergonha, manhoso, rufia pimpão (gostei desta), mesquinho, frio, populista…
Os groupies do senhor Seguro acham mais ou menos o mesmo do senhor Costa, com a terrível agravante de que durante o debate o senhor Costa "transpirou".
E agora diga-me você, se ainda está a ler, que espectáculo é este? É nas mãos de "líderes" de tal quilate, ou do dos que agora nos governam, ou que antes deles rapinaram e rebaixaram este desgraçado chão, que devemos entregar o nosso destino, o fruto do nosso trabalho e os nossos sonhos?
Você ainda lhes ouve o paleio? Interessa-se pelo dizem? Será que a sua inocência vai tão longe que de um, do doutro, ou de um terceiro, espera governação decente, contas certas, esperanças de um futuro digno?