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Quando toco ou canto é de ouvido, é também de ouvido que vou opinar, pois não se me meteria na cabeça gastar tempo a assistir ao debate de líderes políticos, sobretudo meus compatriotas, pela mesma razão que não paro na rua para assistir a uma demonstração de 'vermelhinha'.
Os dados são falsos, o jogo é mau, de certeza se falou de
progresso, de um belo futuro, menos
impostos e mais farturas, igualdade e fraternidade, etc. Se não foi assim não
há-de ter sido muito diferente. Mas como já disse, isto é a minha música, a que
toco de ouvido, ideias opiniões que há muito tenho na cabeça nada garante que sejam das boas.
Mas se não vi o debate de ambos os senhores, regalei-me
com as opiniões dos seus adeptos, apaniguados, simpatizantes e camaradas.
Para os defensores do senhor Costa, o senhor Seguro é
burro, um canalha sem vergonha, manhoso, rufia pimpão (gostei desta),
mesquinho, frio, populista…
Os groupies do
senhor Seguro acham mais ou menos o mesmo do senhor Costa, com a terrível
agravante de que durante o debate o senhor Costa "transpirou".
E agora diga-me você, se ainda está a ler, que espectáculo
é este? É nas mãos de "líderes" de tal quilate, ou do dos que agora
nos governam, ou que antes deles rapinaram e rebaixaram este desgraçado chão,
que devemos entregar o nosso destino, o fruto do nosso trabalho e os nossos
sonhos?
Você ainda lhes ouve o paleio? Interessa-se pelo dizem? Será que a
sua inocência vai tão longe que de um, do doutro, ou de um terceiro, espera
governação decente, contas certas, esperanças de um futuro digno?