Pobre dele? Coitado? Infeliz? Deus se compadeça? Desconhecemos as razões, mas era mau, mesmo para os que lhe queriam, os do seu sangue.
Trombudo, azedo, arrogante, violento, cheio de si. A soco e pontapé, com o cinto, à varada, mais de cinquenta anos bateu na mulher, nos filhos, na mula, no cão, nas galinhas que se lhe atravessavam no caminho. Desdenhoso, olhando de esguelha, as boas-horas, se as dava, saíam-lhe dentre os lábios como a cuspir um insulto.
É terrível, este sentimento: alguém morre e não deixa saudade.