Talvez por ser arte que não tenho nem valido, interessa-me e diverte bastante o esforço que certos colegas da escrita gastam a construir a sua imagem. Ele é a vestimenta, ele é o corte do cabelo, a fala, os tiques, a escolha de preferências, estilos e amizades, dá ideia que lhes vem aquilo de nascença, que ainda pequeninos já sabiam de itinerários a seguir, tácticas, estratagemas. Alguns parecem desenvolver um plano quinquenal no preparo, outros há que querem fama instantânea, tipo Nescafé.
O tempo, ao passar, deixa muitos pelo caminho, reserva a este ou àquele seis linhas na Wikipedia, outros continuam lembrados na família como antepassados de grande talento.
Até ao dia em que o Senhor mande as águas do próximo Dilúvio, e nelas afunde as grandes vaidades e as pequeninas agitações.
Ocorreu-me isto a propósito do que li aqui e dos comentários que originou.