Acontece quando menos o espero e vezes em demasia para que esqueça.
As pessoas têm aquele lado cortês, delicado, respeitam as convenções, dão mostras e prova de bom comportamento. Ou de tal modo se compenetram a representar o papel que não há motivo para a atitude de pé atrás que a experiência recomenda.
E zás! É como um relâmpago! Descubro que caí na esparrela, mas tarde de mais para travar. Engula-se o sapo. O sujeito continuará a ser tratado de modo que não merece, recebendo salamaleques aos salamaleques e "um forte abraço".
Ninguém me mandou ser ingénuo ou crer-me imune ao golpe de um confidence artist – apetece-me botar aqui um bocado de inglês – mas eu, se fosse ele, começava a desconfiar dos meus "abraços".