A não ser por brincadeira, já ninguém atira ao mar garrafas com mensagens aflitas a pedir salvação. Não é que não andemos precisados de socorro, mas o romantismo passou de moda e a internet tornou global e instantânea a comunicação.
Na minha ideia, o blogue é a versão moderna da garrafa. Em redor do mundo, cada um na ilha deserta da sua solidão, logo de manhã cedo, ao longo do dia, no escuro da noite, um sem-número de “náufragos” bate as teclas do desespero, na esperança de que alguém os leia, os “veja”, lhes confirme que existem.