Com pouco mais de treze metros quadrados, o meu quarto de trabalho é pequeno, mas poderia ser confortável se o não atravancasse tanta coisa. Assim, com as mesas, as estantes, um armário, um divã, caixas de todos os tamanhos e feitios, os montes de revistas e jornais à espera de serem lidos, é um espaço onde vivo sentado ou apenas consigo movimentar-me de lado. Como numa cela. Todavia, se estou longe, esta prisão a que voluntariamente me condeno é o que mais depressa me falta.