sexta-feira, fevereiro 1

Catulo da Paixão Cearense (1863-1946)

Tira-se da estante um livro esquecido. Sorri a gente, recordando a emoção com que descobriu a sua poesia nos anos da juventude. E um pensamento que se anotou: “Meu Deus!... Porque não fizeste os homens irracionais?...” Aprender que flor também se pode escrever “frô”, senhora passa a sinhá, e acaba em “sá”.




“Sá Dona, os cabelos dela
tão preto prô chão caía
que toda frô que butava
nus cabelo, a frô murchava
pensando que anoitecia”.

(Meu Sertão - Catulo da Paixão Cearense, Rio de Janeiro, 1918)