quarta-feira, setembro 1

Continuando

 

Não há segurança na contagem do tempo. Quando olho para trás pergunto-me se de facto tive um passado, pois o que enxergo são episódios de pouca monta, uma mão-cheia deles, se tanto, longos hiatos, vivências desfeitas em névoa.
Em nenhuma escola se aprende a viver, e o caminho que os outros com boa intenção mostram é o que eles conhecem, não o que iremos trilhar. Ora a passadas lentas, ora aos trambolhões,  carpindo o que já não é, temendo o que será. Vão os fracos amparados pelo sonho, avançam os resolutos cheios de certezas, mas não sabemos contar, caminhamos todos na feliz ilusão de que a estrada é longa e sobra tempo.