domingo, dezembro 29

Nótulas (55)




Com o ano a chegar ao fim lá vem o ritual dos “melhores livros” que as pessoas importantes leram e, digo-o sem ironia nem malícia, sempre me causa espanto a alta qualidade das listas e não escapo a uma grossa ponta de inveja, pois aquilo são títulos de que nunca ouvi falar, ou então obras de tão elevado gabarito que só poucos lhe conseguem meter os dentes.
Para meu mal, nada do que este ano li entra nos “melhores livros”, se bem me lembro foi um ano de leituras repetidas e cubro com o manto de misericórdia aqueles livros anunciados como “ obra superior, espectacular” e de que depois tenho pena de não ter dado a uma obra de caridade os euros que me custaram.