sexta-feira, agosto 8

Confissão


A Portugal terei sempre um amor de criança inocente, as suas paisagens continuarão a emocionar-me como seres vivos e queridos.
A língua-mãe é uma das grandes alegrias da minha vida e o instrumento que me orgulho de tocar.
Mas, pudesse eu, despedia-me da sociedade portuguesa, que me envergonha pela podridão, pelo desprezo do semelhante, a falta de sentido cívico e social, a cobardia, o servilismo com que aceita a lama e chafurda nela.