quarta-feira, setembro 16

Viajar no tempo

Mesmo sem contratempos, dois dias e meio de auto-estrada afectam a disposição. Nas boas-vindas, no descarregar das trouxas, repor a casa a funcionar, ouvir o relato de quem morreu, de quem está doente, do que avariou, dos desastres, da fraca colheita da amêndoa, a ligar a parabólica, a atender à bicharada e às plantas que o calor queimou, gastam-se três dias. Daqui a nada vou-me à feira de Mogadouro, onde de facto nada tenho a fazer, mas o vizinho precisa duns remédios. A ligação da TMN à internet mantém ronceirices de Terceiro Mundo.

Máquina para viajar no tempo? Muito obrigado, dispenso. Nem futuro nem passado, para canseira o presente basta.