domingo, abril 6

Beijos de despedida em Beijós

No blogue de um semi-ateu (na minha idade tomam-se destas cautelas) um texto como o que segue pede explicação.
O padre José Júlio tem muitos e bons amigos e um deles, meu amigo também, quer que se conheçam urbi et orbi as excelentes qualidades deste pastor das almas.

Mensagem de despedida de Pe. José Júlio Almeida das comunidades de Cabanas de Viriato e Beijós (*)

1 de Abril de 2008

Um certo dia Ele desafiou-me a O amar, depois a O reconhecer e, por fim, a O servir ... Ainda que um pouco jovem, inexperiente e nervosissimo foi assim que respondi ao desafio e cheguei às comunidades de Cabanas de Viriato e Beijós. Deixei-me seduzir por este amor de Deus, que toca e inquieta os corações, que vai ao mais recôndito de nós mesmos e nos chama a servir. O serviço é uma resposta de amor ao Amor que nos sai ao encontro. Por isso mesmo, a verdadeira medida do ser humano não se mede pelas suas capacidades intelectuais, mas sim pela sua disponibilidade para escutar o chamamento e de lhe responder. Fui ordenado Sacerdote, no dia 04 de Setembro de 2005, pelo D. António Marto, em Ribolhos. Esta ordenação não foi feita para mim, mas para servir: servir a Igreja (universal); servir a Igreja de Viseu; e servir-vos a vós, comunidades de Cabanas de Viriato e Beijós.
"Fiz-me tudo para todos", foi 0 lema que escolhi para a minha ordenação Sacerdotal. Este lema não foi escolhido só para aquele momento da ordenação, em que coloco todo o meu sentir e viver nas mãos de Deus, mas é o lema que me acompanhará para toda a minha vida. Cheguei sem saber o que iria encontrar, sem saber o que poderia acontecer, trazia na bagagem a expectativa, o receio, o entusiasmo, a alegria e a aventura de servir Cristo. Não conhecia as terras e muito menos as pessoas, sentia-me um desconhecido na imensidão de gente que me acolheu na tarde do dia 02 de Outubro de 2005. Depressa conheci os lugares, as casas e as pessoas, rapidamente me trataram como amigo. Aceitaram a minha maneira de ser, de estar, de sorrir, de brincar, de levar Cristo ... Agora a bagagem tornou-se bem pesada, recebi mais do que dei e levo um coração cheio de amigos que nem a distância fará esquecer. Resta-me pedir para que acolham 0 Pe. Valmor tão bem como me acolheram a mim, que o tornem da vossa família, para que ele sinta a mesma alegria e o mesmo entusiasmo que senti e vivi neste tempo que estive convosco. Um profundo abraço amigo às comunidades de Cabanas e de Beijós.

Pe. José Júlio

(*) in Farol da Nossa Terra